Plantão

SESSÃO DE SEGUNDA -FEIRA: Vereadores de Conceição revoltados com Ricardo Coutinho, Governador do Estado, vira polêmica! LEIA.

A sessão da Câmara dos vereadores da cidade de Conceição, desta segunda-feira(26), dava sinais de tranqüilidade, no início, sem que os vereadores fizessem críticas à atual gestão do município e se concentrasse a fazerem críticas ao governador do estado, Ricardo Coutinho. A retirada da Coletoria estadual da cidade de Conceição desencadeou uma série de revolta nos parlamentares mirins da cidade de Conceição. Todavia, a sessão tomou um novo rumo do meio para o fim e foram criadas diversas polêmicas em torno de declarações feitas pela presidência da casa.
Tribuna
O primeiro a usar a tribuna foi o vereador Edvaldo Ramalho, que começou fazendo duras críticas ao governador do estado, reiterando as suas palavras na última sessão e fazendo lembrar que o governador nada trouxe para o município, durante seu mandado. Ele também cobrou a adutora do açude do Condado para o açude Serra Vermelha. O vereador cobrou da ETA – Estação de Tratamento de Águas, uma maior preocupação com a população da cidade de Conceição, pois o filtro da estação que abastece a zona urbana da cidade já tem 28 anos que foi trocado. Ele pediu ao governador que não usasse os encontros do Orçamento Democrático, como palanques de mentiras. Segundo ele, todos os projetos apresentados, que seriam essenciais para a cidade de Conceição, não chegaram ao município.
O vereador Luis Paulino também criticou o governador do estado e reforçou que era necessária a federalização da estrada, que liga a cidade de Itaporanga e passa pelo município de Conceição, indo até a divisa com o estado do Ceará. Luis também fez um requerimento para que o conjunto, localizado na saída para a cidade de Ibiara, recebesse o nome de Antonio Miguel de Figueiredo, mais conhecido como Ivon Ramalho, em homenagem ao amigo, que muito fez pela cidade.
O vereador Humberto Soares disse que ia falar, diretamente, com diretor Superintendente do Detran da Paraíba, na tentativa de evitar que seja fechada a Ciretran da cidade de Conceição. Segundo ele, vai fazer de tudo, para evitar que essa medida seja tomada, pois o maior sofrimento é do homem do campo, que terá que gastar para ter que se deslocar, para resolver problemas simples, que são resolvidas no município de Conceição.
O vereador Vicente Ramos reiterou as suas palavras da última sessão, onde na ocasião ele fez várias críticas ao governador do estado, pela retirada da Coletoria Estadual do Município. O vereador lembrou uma situação, onde uma secretária do governo anunciava mais uma casa de Cidadania para uma cidade da Paraíba, enquanto a cidade de Conceição permanecia esquecida, pelo atual governador do estado. Vicente disse que, a cada dia, o município de Conceição perde receita e não ver ninguém, com acesso ao governador, lutar para evitar essas ações que vêm destruindo a cidade de Conceição.
Dior Sabino voltou a falar na situação da retirada da Coletoria Estadual do município e reforçou a formação de um ato público, como forma de protestar contra a atitude, que segundo ela, massacra a população da cidade. Segundo ela, o governador não se preocupou com a população, sobretudo, a mais carente da cidade de Conceição.
O vereador Valdemir Berto também usou a tribuna e disse, que apesar de ter votado com o governador não aprovava a atitude dele em retirar a Coletoria do município de Conceição, pois essa era um patrimônio do povo e massacrou a população carente, que terá que se deslocar para outro município, com gastos, para resolverem coisas simples, que antes eram resolvidas na cidade de Conceição.
A vereadora Marizete Prudêncio usou a tribuna e fez um requerimento, pedindo que fosse estendido o calçamento da rua do Conjunto João Batista Siqueira.
No uso da tribuna, o vereador Flávio Mangueira “tocou fogo” na sessão e falou da situação da renda per capta do município, que segundo ele, em conversa com um comerciante da cidade, o dinheiro sumiu e a situação da cidade é caótica. Flávio afirmou que o comércio da cidade de Conceição faliu, em decorrência das 600 demissões efetuadas pelo atual gestor, pois o dinheiro deixou de circular, provocando uma verdadeira quebradeira no comércio. O vereador disse na tribuna, referindo-se a uma situação anterior na sessão, onde o presidente da casa havia dito que ele falava besteira, que quem conversa besteira é o presidente da casa, que se comporta como ditador, não respeitando os demais colegas. Ele afirmou que nunca na história da cidade de Conceição o poder foi tão concentrado, pois a prefeitura e a presidência da Câmara são comandadas por dois irmãos, os quais são aliados do governador do estado, que inclusive foi apoiado por eles no município e foram eles que trouxeram o governador, que nada fez para o município de Conceição.
Em seguida o presidente da Câmara usou a palavra e disse que muitas das pessoas que foram demitidas eram vagabundas, que sugavam o dinheiro público e nem apareciam nos postos de trabalhos.
Com essas palavras o andamento da sessão tomou um novo rumo e foi provocada uma treplica, onde quatro vereadores, Luis Paulino, Vicente Ramos, Flávio Mangueira e Edvaldo Ramalho, usaram o direito da tréplica e criticaram as palavras do presidente e foram taxativos ao afirmarem que o presidente deveria ter mais equilíbrio e respeitasse os colegas,
Luís Paulino disse que a casa exigia respeito da presidência e que a temática da reunião somente estava sendo conduzida em cima de críticas ao governador. Luis disse que as pessoas citadas pelo presidente não eram vagabundas e que, muitas delas, haviam votado na atual gestão.
Vicente Ramos disse que o presidente não tava tendo equilíbrio para conduzir os trabalhos. Ele exigiu respeito a todos os colegas. O vereador disse que vários dos demitidos eram correligionários do atual prefeito do município e o ajudaram a se eleito nas últimas eleições municipais.
Flávio Mangueira usou também a tréplica e fez apenas uma pergunta ao presidente, em relação a que nota o presidente daria ao mandato atual gestor da prefeitura. Ouvindo a resposta de nota 10, o vereador Flávio esnobou em riso e disse que o presidente estava fora de órbita e embriagado com o poder e que essa idéia era alienante e que o presidente não estaria ouvindo o povo nas ruas.
Edivaldo Ramalho foi além, no uso da tréplica e disse que a Câmara é a casa do povo e não poderia ser usada como chacota. Segundo ele, o presidente precisa respeitar a todos os colegas, pois o poder passa e a Câmara sempre há de permanecer.
Valedopiancónoticias